A adolescência começava e as novelas continuavam encantando a minha cabeça cheia de fantasias, mas à essa altura de Despedida de Solteiro eu só gostava mesmo da abertura. Coincidiu com o momento em que eu me entregava aos jogos de video game.
Quando anunciaram Mulheres de Areia (1993), a primeira coisa que me chamou a atenção era o fato de a novela ser de Ivani Ribeiro. Eu já sabia que das novelas que eu mais gostava, pelo menos boa parte tinha sido escrita pela criativa novelista: A Gata Comeu (1985), O Sexo dos Anjos (1990), Hipertensão (1986) e Amor com Amor se Paga (1984)
Agora vinha essa história de irmãs gêmeas apaixonadas pelo mesmo homem? Isso tudo era muito novo pra mim. Os efeitos especiais tão jurássicos, quando vistos hoje são ainda muito perfeitos, a trilha sonora, o Tonho da Lua (que eu rapidamente tratei de aprender a imitar) e todo o universo de Pontal D'Areia.
Mulheres de Areia é uma grande história de amor como só Ivani sabia fazer. Quando as duas sofrem o acidente de barco e Ruth toma o lugar de Raquel foi um dos momentos mais tensos que eu já vi numa telenovela. E é tudo muito simples.
A simplicidade de Mulheres de Areia aliada a excelentes atores, texto e direção, além da impecável presença de Glória Pires, fizeram dessa novela a terceira de Ivani a ser reprisada novamente no Vale a Pena Ver de Novo. Ninguém alcançou este feito. Só para lembrar, A Gata Comeu e A Viagem, ambas de Ivani tiveram reprise dupla no horário.
Agora é a vez de Mulheres de Areia e como agora temos a internet a nosso favor, vamos blogar e muito sobre este grande sucesso. Aproveite!
Por Jean Cândido Brasileiro